quinta-feira, 24 de junho de 2010

A Liturgia Evangélica 7: A Invocação

Por Michael "iMonk" Spencer.

The Evangelical Liturgy 7: The Invocation originalmente publicado em InternetMonk, 3 de setembro de 2009. Traduzido com permissão.

Para quem está chegando agora, leiam a Introdução desta série, então cliquem aqui em Série: Liturgia Evangélica para ler os demais artigos. Resumindo, eu estou caminhando por todas as partes do culto protestante tradicional e discutindo o mérito de recuperarmos nossa própria tradição litúrgica.

A Invocação tem a distinção de ser um dos remanescentes mais presentes e consistentemente localizados na liturgia protestante, mas também a de ser uma das partes do culto menos levadas seriamente. Nós podemos sempre contar com uma Oração Introdutória, mas nunca se sabe o que se vai ouvir nela. (A menos que você esteja em uma daquelas igrejas onde o que você vai ouvir é absolutamente previsível, não importa o que estiver acontecendo no culto.)

A Invocação reflete a Teologia que determinada congregação tem sobre Deus. O Deus a que se dirige na Oração Introdutória deve ser o Deus das Escrituras, e sua relação com o culto que está começando deve ser a do Deus que chama e reúne seu povo em torno de Cristo, da missão de seu Reino, de sua Palavra e de seus Sacramentos. Este o Deus de toda a história bíblica, mas também o Deus que Jesus nos ensinou a chamar de Pai.

A Invocação é uma oração. Não é um sermão dirigido à congregação usando Deus como desculpa. Um dos meus pastores uma vez chamou uma oração no nosso culto matutino "A melhor oração já dirigida a uma congregação de Highland".

Essas orações devem ter um tipo de intensidade, foco e humildade que apropriadamente reflitam aquele a quem elas são dirigidas. Como diz Annie Dillard, nós deveríamos usar capacetes. Mas ao mesmo tempo, nós somos alertados contra a super-piedade das orações farisaicas. Eu me irrito mais com pietistas em treinamento para a olimpíada de oração do que com as orações gaguejantes de uma dúzia de líderes de adolescentes.

A congregação precisa saber que esta é uma invocação, e não uma oração pastoral, de dedicação de ofertas, de iluminação para o pregador etc. Em sua tônica, conteúdo e brevidade, ela deve refletir sua intenção: reconhecer e convidar a presença de Deus.

Que tal orações escritas? Douglas Wilson as defende em Mother Kirk, um excelente livro, e dá muitos ótimos exemplos em seu blog e nos podcasts de seus sermões. Wilson mostra que os temas do culto, do Calendário Cristão, do lecionário, da vida da congregação e do Evangelho sempre podem vir juntos em uma invocação bem elaborada.

Por que alguém não deveria investir 20 minutos a meia hora preparando uma oração? Eu confio em uma boa Invocação para nos preparar para a presença de Deus bem mais do que em uma bandinha e um equipamento de som de US$ 75.000,00.

Que tal as orações do Livro de Oração, do Manual do Culto ou as deixadas por outros cristãos? Certamente elas podem ser usadas, mas eu tenho uma forte preferência pela autenticidade das orações elaboradas pelo próprio orador, e já descobri que eu prefiro integrar esses auxílios às minhas próprias orações, usando minha própria voz e vocabulário.

Mantenham a Invocação curta. A dinâmica do culto não é ajudada quando uma oração longa cansa a congregação antes de um sermão ou mesmo de um cântico.

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