domingo, 29 de junho de 2008

Abertura de Escola Dominical

Hoje eu presidi de novo a abertura da Escola Dominical na minha igreja. Como Vice-Superintendente, já era para estar acostumado, mas ainda me dá o típico frio na barriga, com noite maldormida antes. Mas o que me apavora mais é fazer a homilia. Minha homilética é fraca, fraca mesmo; geralmente acaba sendo um comentário leve sobre o texto, sem a mesma densidade de um sermão reformado (ainda não parei de babar sobre um sermão sobre a estrutura quiástica do Salmo 8, que eu ouvi na semana passada).

O primeiro modelo de liturgia que eu vou postar aqui é o que eu uso na abertura da ED na minha igreja:


sábado, 28 de junho de 2008

Presbiterianos e liturgia, Parte 4

Por Jeffrey J. Meyers

(Continuação da Parte 3)
(Leia o original)
Mas agora, precisamos nos voltar para questões um pouco mais difíceis. Por que a teologia reformada norte-americana é tão caracteristicamente a-litúrgica? O que é que a nossa teologia, ou a nossa vida eclesiástica tem, para criar uma consciência tão a-, ou mesmo anti-litúrgica? Por que os nossos teólogos nem se arriscam a escrever uma teologia do culto? E por que as nossas teologias são escritas sem nenhuma preocupação em se integrar textos e práticas litúrgicos?

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Por que alguns presbiterianos conservadores não gostam de liturgia – Parte 3

Por Jeffrey J. Meyers

(continuação da Parte 2)
(leia o original aqui)

Mais questões de desempenho


No post anterior, eu disse que um dos principais motivos pelos quais muitos presbiterianos não gostam de liturgia é que eles nunca experimentaram um culto litúrgico que fosse bem executado. Ministros presbiterianos não sabem como realizar rituais. Parte do problema é que eles acreditam que precisam ser informais e irreverentes com a congregação, para soarem “autênticos” para ela. Como se autenticidade e ritual fossem mutuamente excludentes.


Se não for exageradamente crítica, uma pessoa pode aprender até com os erros de outras. Alguns anos atrás, eu fui com minha família a uma igreja presbiteriana bem conservadora, em um bairro diferente da cidade (nem se preocupem em tentar deduzir qual cidade). O pastor foi bem informal e relaxado durante o culto inteiro. Havia uma série de batismos agendados para aquela manhã. Quando os pais das crianças as levaram para a frente para serem batizadas, o pastor se juntou a eles na pia, mas estava visivelmente nervoso. Ele não havia decorado os nomes das crianças a serem batizadas, e não tinha nenhuma “cola” ou outro recurso escrito para ajudá-lo. Para encobrir seu erro, ele fez algumas piadas sobre conseguir lembrar nomes, então perguntou aos três casais de pais os nomes das crianças (para deixar claro, não foi segundo o ritual tradicional de se perguntar “qual é o nome desta criança?” imediatamente antes da administração do sacramento, que algumas igrejas mantêm).

Depois disso, ele chamou três presbíteros à frente (antes do batismo) e os fez dar uma volta com as crianças pelo templo, enquanto fazia mais piadinhas sobre quão fofinhos esses bebês eram. Quando voltaram, o pastor as batizou (sem usar a fórmula tradicional, ainda por cima), e os pais já começavam a voltar para seus lugares quando ele soltou uma gargalhada, e disse:

“Caramba, acho que nós esquecemos de tomar os votos dos pais! Eh, heh heh... Bom, pro caso de haver algum dedo-duro presbiteriano por aqui que possa me denunciar, acho melhor fazer umas perguntar para os pais. Mas... ops... acho que eu não estou com uma cópia dos votos aqui, então eu vou improvisar. Pais, vocês amam ao Senhor? ... Legal. Vocês prometem criar seus filhos na fé? ... Amém! Bom, acho que é isso. Hora de cantar um hino!”

Dito isso, ele se sentou com a congregação e a equipe de louvor dirigiu a congregação no hino “Oh, falai pelas montanhas”.

Tudo bem, vocês podem pensar que esse exemplo é um caso extremo, mas eu já tenho tempo de janela o bastante pra saber que não.

Eu tenho uma regra de não comentar nem ficar fazendo análises críticas de sermões, cultos ou igrejas no Dia do Senhor, especialmente durante o próprio culto. Mas naquele domingo, quando já estávamos em casa, almoçando em família, minha filha mais velha me perguntou “Pai, o que o senhor achou do culto?”

Eu respondi algo na linha de “Bom, não foi como o nosso, foi?”

“Não foi, não”, eles responderam.

Aí minha mais velha falou o que sentia: “Sabe, se eu fosse de uma daquelas três famílias, acho que eu mandaria rebatizar o meu filho!”

Depois dessa, eu quebrei minha regra e tive uma conversa bem produtiva com meus filhos sobre protocolo litúrgico e o grande serviço que ele presta ao povo de Deus. Como Paulo disse a Timóteo, “Atente bem para a sua própria vida e para a doutrina, perseverando nesses deveres, pois, agindo assim, você salvará tanto a si mesmo quanto aos que o ouvem” (I Tm 4.16).

Liturgia não é algo que você simplesmente pode ler em um livro e ir fazer. Aquele que lidera o povo de Deus à sua presença precisa de orientação madura, e uma boa dose de experiência dirigida, com alguém bem treinado na arte da liderança litúrgica. Alguns de nós que foram criados em igrejas litúrgicas têm uma boa vantagem. Outros, cientes das suas deficiências, têm procurado se ligar a pastores bem qualificados para que lhes sirvam de tutores durante o seminário ou a licenciatura.

Mas se você já está no pastorado, sempre há maneiras de adquirir a competência necessária. Eu sugiro que você aproveite cada oportunidade, quando não estiver oficiando na sua própria congregação, para visitar, cultuar com e cuidadosamente observar ministros bem treinados de comunhões mais litúrgicas. Até hoje eu visito igrejas luteranas e episcopais quando estou de férias, assistindo, observando, aprendendo e examinando suas construções litúrgicas. Se você tiver alguma competência nessas áreas, invista tempo com candidatos ao ministério da sua igreja, ensinando, treinando e os guiando no be-a-bá da liderança litúrgica.

(Continua na Parte 4)


Podiam construir mais templos assim...


A Primeira Igreja Presbiteriana Independente de Bauru (SP) foi a primeira igreja protestante da cidade, fundada em 1919. O templo atual, na Rua Cussy Jr., revive o estilo gótico francês e tem capacidade para 400 pessoas.

Sua construção foi iniciada em 1949 e durou até 1964. O Anexo de Educação Religiosa é de 1996.

(do site oficial da igreja)



Eu fui a Bauru três vezes até hoje, mas ainda não tive a chance de visitar pessoalmente a Primeira IPI. Lembro-me de ter lido em algum lugar que o arquiteto foi o mesmo da Catedral da IPI em São Paulo (o que faria muito sentido, pois há muitos detalhes em comum, de modo que não pode ser apenas porque ambas pertencem ao estilo neogótico); mas preciso confirmar isso.

Considerando as opções e o andar da carruagem, talvez eu venha a me casar nela...

Só queria saber, por que em vez de estimular a boa arquitetura, as igrejas presbiterianas se meteram a levantar caixotes, feios e sem graça? Onde foi parar "para Deus, só o melhor"?


Fotografia: Reginaldo (www.photografos.com.br)

Por que alguns presbiterianos conservadores não gostam de liturgia? -- Parte 2

Por Jeffrey J. Meyers

(leia o original aqui)
(leia a parte 1 aqui)

Nossos irmãos e irmãs em cristo na fé presbiteriana jamais acolherão com entusiasmo o culto litúrgico sem uma liderança pastoral que seja não apenas capaz de explicar sua fundamentação bíblica e teológica em aulas e sermões, mas também, e talvez até mais importante do que a habilidade didática, seja a capacidade de liderar um culto litúrgico, com habilidade e sensibilidade.

Creio que muitas congregações presbiterianas não tenham experimentado os benefícios de um culto litúrgico, e isso ocorre primeiramente porque nossos próprios ministros não experimentaram nada como a liturgia vibrante, cativante e bíblica de que eu estou falando. Não é preciso nem dizer que eles não foram suficientemente treinados para a liderança litúrgica. Mas, deixando a teologia do culto de lado por um momento, quero abordar a questão da competência para oficiar em um culto litúrgico.

Congregações presbiterianas não gostam de liturgia porque seus ministros não sabem como conduzi-la. Conseqüentemente, como não tiveram um treinamento efetivo, esses pastores vão conduzir essa liturgia ou de maneira casual, descomprometida, ou pior, de maneira apologética, agressiva, sem muita confiança no seu papel de ministros ordenados. Pior ainda, muitos vão simplesmente abdicar de sua liderança em favor de “comissões de culto” ou “equipes de liturgia”. Há toda uma gama de problemas de “desempenho”, que eu creio que obstruem uma adequada apreciação do culto litúrgico. Alguns cultos “tradicionais” são executados de forma tão lenta e ponderada, que fica lhes faltando a vida e a emoção que caracterizam o culto litúrgico. As partes do culto que cabem ao ministro podem ser conduzidas de forma tão entediante que ninguém fica motivado a responder de coração aos chamados à confissão, ou à adoração. Os hinos podem ser cantados em um tempo tão lerdo que tudo o que a congregação quer é chegar logo à última estrofe. Mesmo que seja observada a ordem correta de se buscar a presença de Deus, a liderança pode ser tão descuidada que o povo não consegue perceber o que Deus tem feito por ele, em qualquer parte do culto.

Como isso pode acontecer? Vamos passar uns exemplos. Um ministro (ou líder leigo) pode ser prolixo demais, ou ter uma postura arrogante, ou ser informal demais, de modo que ele chama a atenção para si mesmo, em vez de funcionar como um instrumento de Deus a serviço do povo. Ministros ou líderes leigos que não são capazes de se preparar adequadamente antes do culto podem desviar a atenção do povo do verdadeiro foco do culto – o que Deus tem feito por nós, e a nossa resposta a Ele – para si mesmos, de uma forma tão grande que tudo o que o povo consegue é sentir pena do coitado que não consegue se encontrar, nem sabe o que falar em cada momento do culto. Talvez um dos maiores obstáculos ao culto seja a liderança do ministro que não tem noção da solenidade da situação, e por isso não serve com o devido cuidado o povo de Deus no culto. “Ora, se culto tradicional é isso”, o povo pensa, “então tragam logo o culto espontâneo, dirigido pela congregação”. E eu concordo. Eu iria, também, preferir esse culto. Frank Seen tem razão, quando diz:

A experiência da Reforma também nos ensina que, quando a liturgia dá problema, o problema costuma ser menos com a sua forma e conteúdo, do que com o jeito que ela é celebrada e interpretada. Hoje, as formas históricas de culto estão sendo abandonadas em favor de “liturgias alternativas”, que empregam música de estilo pop e dramatizações, argumentando que a liturgia tradicional é chata ou que não faz sentido para quem só vai ao culto esporadicamente (e, às vezes, nem para quem é freqüentador assíduo). Quase sempre, esse argumento é dado por pastores que não têm muita competência em presidir a liturgia de uma forma compreensível ou estimulante, e que talvez sejam, até, inseguros no papel de ministro oficiante. Essa incompetência com o ritual inclui não apenas o desempenho fraco dos ministros, dos músicos e da congregação, mas também a falta de noção, por parte de quem prepara a ordem do culto, para saber o que adicionar ou tirar das ordens que vêm prontas nos manuais da denominação. Muitas liturgias ficam atoladas por causa da inclusão de detalhismos que não constam da ordem original, ou tomam rumos incertos no ritual, que levam para uma teologia incerta. Assim, não espanta que eles não consigam atrair os adoradores atuais. Quanto ao argumento de que a liturgia é chata; a liturgia ocidental não sofre de mesmice e monotonia: ela foi construída sobre o princípio da variedade de ritos, costumes e opções musicais e de leituras do calendário cristão (“The Reform of the Mass: Evangelical, but Still Catholic”, in The Catholicity of the Reformation, ed. por Carl E. Braaten & Robert W. Jenson [Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1996, p. 51-2).


(continua)

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Por que alguns presbiterianos conservadores não gostam de liturgia?

Por Jeffrey J. Meyers.

[O Rev. Jeffrey Meyers é ministro da Presbyterian Church of America, autor dos livros The Lord's Service, A Table in the Mist, Presbyterian, Examine Thyself, e Commentary on James (no prelo) e dono do blog Corrigenda Denuo. A Sociedade pela Liturgia Reformada agradece a permissão do Reverendo para traduzir e publicar esta série de artigos para o português. O original deste artigo pode ser lido aqui. N. do E.]

Sete anos atrás, eu dei uma palestra com o título deste post em uma conferência sobre teologia do culto. Desde aquela época, eu continuei pensando nessa questão. Eu gostaria de trabalhá-la de tempos em tempos no meu blog. Um pouco do que vocês vão encontrar aqui será simplesmente copiado daquela palestra. Mas depois de mais sete anos de experiência, creio que será necessário completar e fazer algumas correções nos meus argumentos originais.



Eu comentei, no começo do meu texto original, que o título é, ao mesmo tempo, exageradamente ambicioso e vergonhosamente tímido. É ambicioso no sentido de que ele sugere que eu vá fornecer uma resposta definitiva, ou uma lista de motivos para o caráter alitúrgico, ou mesmo anti-litúrgico, de boa parte dos cultos presbiterianos na América. Alguém pode pensar, também, que eu tenho um antídoto milagroso para aqueles que foram envenenados contra a liturgia. Eu não finjo ser capaz de fazer nenhum desses milagres.
Apesar do título provocativo, eu tenho algo mais modesto em mente. Eu vou tentar isolar, dentre os muitos fatores históricos, sociais, culturais, filosóficos, teológicos e práticos possíveis, alguns que parecem me apresentar um desafio estratégico para aqueles de nós que estão trabalhando para restaurar, ou melhor re-formar e implementar uma liturgia reformada católica nas nossas igrejas [“católica” no sentido de universal, atenta aos 2000 anos de cristianismo que vieram antes de nós. N. do T.].
O título é, também, tímido, porque a atitude entre muitos dos presbiterianos conservadores com relação à liturgia pode ser bem mais hostil do que “não gostar” sugere. Muitos, nas nossas igrejas, estão na verdade com medo da liturgia. Eles a temem. Alguns, por ignorância, outros por falta de experiência, ou talvez ambos. Eles podem nunca ter recebido instrução alguma sobre as razões bíblicas e teológicas para um se ter culto litúrgico, ou simplesmente nunca terem experimentado aquilo que nós estamos defendendo. Sua única experiência com liturgia pode ter sido em uma missa romana ou em um culto luterano, em que o culto inteiro foi murmurado e a participação da congregação passou longe de ser vigorosa e ativa. Outros a temem por motivos quase-históricos.
Há, é claro, bons motivos para se temer a liturgia, se por “liturgia”, alguém entende simplesmente copiar os modelos litúrgicos atuais da Igreja Romana, ou da Ortodoxa Oriental, ou da Anglicana de high church. Nem tudo que essas igrejas fazem precisa ser rejeitado, claro. Agora, saber se nós, presbiterianos, ainda temos motivo justo para continuar rejeitando o culto litúrgico porque fazia (ou faz) lembrar o culto anglicano, ou católico romano, é um projeto de pesquisa que precisa desesperadamente de desenvolvimento.
O outro bom motivo para se temer a reforma litúrgica é se isso significar simplesmente restaurar algum dos modelos históricos da tradição reformada. A meta da reforma litúrgica não deve ser, jamais, simplesmente re-encenar qualquer liturgia histórica, seja a de Agostinho, a de Bucer, a de Calvino, a de Knox, etc. Nosso desejo deve ser reformar a nossa herança cristã-católica de acordo com a Palavra de Deus. Um autor reformado recentemente definiu todas as reformas litúrgicas como tentativas de “imitar as práticas de 500 anos atrás”. Esse romantismo litúrgico não tem lugar em uma verdadeira renovação litúrgica. É um sofisma comum em discussões contra a reforma litúrgica. Encenar uma liturgia histórica pode ser uma boa coisa para um clube de apreciação histórica fazer.
O acadêmico de liturgia católica romana Louis Bouyer chama isso de “arqueologismo litúrgico”. De acordo com Bouyer, esse romantismo é um dos “problemas fundamentais do movimento litúrgico. Porque nenhuma reconstrução do passado – não importa quão excelente seja o período escolhido – pode ser conseguida sem a mistura de elementos próprios dos gostos de quem faz a reconstrução; e essas reconstruções tendem, por isso, a causar mais problemas do que elas podem solucionar.” (Liturgical Piety. [Notre Dame: University of Notre Dame Press, 1954], p. 12).
Como Bouyer avisa em outra passagem, existe sempre o perigo que aqueles interessados em uma renovação litúrgica sejam possuídos pelo “espírito da restauração arqueológica fajuta”. E, de novo: “Porque se a rejeição teimosa da Igreja e do mundo como estão hoje fossem uma questão preliminar necessária para qualquer renascimento litúrgico, este fato, por si mesmo, certamente constituiria a mais perfeita condenação desse renascimento.” Infelizmente, muitos homens na tradição presbiteriana acham que renovação litúrgica é copiar modelos escoceses do século XVII, ou colar a liturgia de Calvino, em Genebra, no mundo atual. Não é isto que eu tenho em mente.
Talvez nós devêssemos também notar como a liturgia e a Teologia do Culto se desenvolveram bem melhor em igrejas presbiterianas que nós consideramos majoritariamente liberais ou neo-ortodoxas, como a PC(USA) ou até mesmo a Igreja da Escócia. Esse fato, por si só, contribui para a resistência dos presbiterianos estritamente confissionais de tudo quanto for litúrgico. Afinal, se essas igrejas gostam de liturgia, isso não deve ser boa coisa (confira o Book of Common Worship da PC(USA) (1993) e os recentes artigos de Bryan D. Spinks e Iain R. Torrance, em To glorify God: Essays on Modern Reformed Liturgy (Wm. B. Eerdmans, 1999).
(continua na Parte 2)

Bem guardada



A arquitetura da Pauluskirche, em Zurique, Suíça, é uma porcaria, como infelizmente foi quase toda a produção arquitetônica do Modernismo (inclusive, e especialmente, a arquitetura sacra). Projetada pelo arquiteto Martin Risch, concluída e dedicada em 1934, a igreja prima pela "limpeza" de traços: exceto pelos arcos do frontispício, ela é despida de quaisquer adornos estruturalmente desnecessários (na época, isso era considerado uma qualidade).

Para mim, o prédio só tem uma qualidade: os quatro reformadores que guardam sua entrada. Identifiquei Calvino, Bucer e Zwinglio. Não imagino quem seja o quarto (duvido que, aqui, seja Knox, como o é no Muro de Genebra).

A comunidade que congrega nele, por outro lado, merece elogios. Ao contrário do que se diz, de maneira generalizante, do protestantismo europeu, esta paróquia está viva e bem. Conta com um coro de nível profissional e um órgão respeitável (não consegui dados numéricos no site da igreja, mas a culpa certamente é do meu péssimo alemão).

Mas o que mais me surpreendeu, positivamente, foi o tamanho da turma que recebeu a Confirmação (Profissão de Fé) neste ano: dezoito adolescentes!

Então, me alegra dizer aos fatalistas de plantão, que há lugares, sim, em que o protestantismo europeu está vivo e bem!


Site da igreja: http://www.kirchepaulus.ch/

Fotos: Wikimedia Commons

terça-feira, 24 de junho de 2008

Exposição de motivos

Adaptada de um recente debate no Orkut.


Muita tinta (e, nestes tempos, muitos megabytes) se tem gasto na defesa do resgate da teologia reformada. O relançamento, revisado, da edição brasileira das Institutas de Calvino, pela Cultura Cristã/CEP, várias novas publicações, dele e de outros grandes nomes da Teologia reformada; o especialmente ainda aguardado lançamento da Dogmática Eclesiástica de Karl Barth em português.

As coisas andam bem, na verdade, para os defensores da Teologia reformada, de um ponto de vista da Sistemática/Dogmática. Mesmo entre denominações tradicionalmente arminianas, vem surgindo um grande interesse pelas formulações calvinistas. Surgiu uma Convenção Batista Reformada e já despontam inclusive líderes evangelicais e pentecostais influenciados pela Teologia reformada.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Toga não é batina!

ou notinhas rápidas sobre o que vestem os católicos romanos, os protestantes e os evangélicos, quando vão cultuar a Deus.

Este texto foi originalmente circulado como um powerpoint nas comunidades presbiterianas do Orkut. O link para download no Google Docs era este.

Toda vez que se discute o que é apropriado o oficiante de um culto vestir, aparece alguém dizendo que a toga dos reformados parece coisa de católico. Hora de detonar esse mito, com ilustrações!

Post inaugural

Só para não deixar o blog vazio. Assim que tiver tempo, faço um post sério. Muita coisa importante pra postar, mas coisa mais importante ainda pra fazer na vida real...