sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Culto: XXII Domingo do Tempo Comum, ano B

Ordem para este domingo, 30 de agosto de 2009, XXII do Tempo Comum, ano B.

A partir de agora, vou começar a publicar a ordem na íntegra aqui, também, além da opção de download do boletim. Baixe o boletim aqui!

RITOS INICIAIS
Acolhida
Pedimos a todos que mantenham a atitude de silêncio e reverência dentro do templo, evitando conversar, entrar e sair durante a celebração, sobretudo durante as leituras e orações. Por gentileza, mantenham bipes, pagers e telefones celulares em modo silencioso.

Soar dos Sinos

Prelúdio: Variações sobre a melodia O DASS ICH TAUSEND (ao órgão).

Saudação Inicial: Avisos comunitários e saudação aos visitantes.

Intróito: John Rutter – Magnificat (Coro e piano).
Tradução:
A minh'alma engrandece o Senhor
E meu espírito exulta em Deus, meu Salvador,
Que viu a pequenez de sua serva,
De modo que, desde agora, as gerações hão de chamar-me bem-aventurada.
O Todo-Poderoso operou em mim maravilhas: Santo é o seu nome.

Sua misericórdia, que é de geração em geração,
Alcança a todos os que o temem.
Demonstrou o poder de seu braço, dispersando os soberbos de coração.
Depôs os poderosos de seus tronos e aos humildes exaltou.
De bens saciou os famintos e despediu sem nada os ricos.

Acolheu a Israel, seu filho, que foi fiel à sua misericórdia.
Como dissera aos nossos pais, a Abraão e seus filhos, para sempre.

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo;
Como era no princípio, é agora e para sempre. Amém.

Monição introdutória
Todos se colocam de pé.

Canto de Entrada e Processional: Grande Deus, o teu louvor (Congregação, ao órgão).
Letra: R. H. Moreton & M. Porto Filho. Música: CONGRESS
Grande Deus, o teu louvor hoje, unidos, entoamos.
Teu excelso e doce amor com os anjos celebramos
E, em adoração a ti, vimos bendizer-te aqui.

Cristo, Salvador veraz, com poder em nós domina!
Tua graça e tua paz, ó Senhor, em nós ensina.
Redimido, em tua luz, vem fazê-lo andar, Jesus!

Santo Espírito eternal, vem, dirige as nossas mentes
Para, em comunhão real, te buscarmos reverentes,
E, em perfeitas gratidões, se abrirão os corações.

Ó Trindade excelsa, a ti seja, sem cessar, rendida,
Dos remidos teus aqui, honra e glória sem medida.
Infinito é teu amor: cantem todos teu louvor. Amém.

Invocação, Voto e Sentença bíblica: Mt. 28.19, Sl. 121.1, Sl. 124.8, Tg. 1.18.
Ministro: † Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Povo: Amém.
Ministro: Elevo os olhos para os montes; de onde me virá o socorro?
Povo: O nosso socorro está em o nome do Senhor, Criador do céu e da terra.
Todos: Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas.
Responso: Salmo 104 (congregação, pelo conjunto).
Bendize, ó minh’alma, ao Senhor;
Senhor, tu és maravilhoso!

Vestido de glória e majestade,
Coberto de luz como de um manto;
E são as cortinas da tua morada
Os céus numa noite estrelada.

A tua casa se ergue sobre as nuvens;
Deus vai ligeiro nas asas do vento
E pinta, multicor no pensamento,
Momento, tempo, intento de adorar.

Bendize, ó minh’alma, bendize ao Senhor
E toda a minha vida proclame Seu Louvor.
Bendize, ó minh’alma, bendize ao Senhor,
Pra sempre penhorada ao seu imenso amor.
Coleta por pureza
Ministro: Oremos. Deus Todo-Poderoso, para quem todos os corações estão abertos, todos os desejos conhecidos, e para quem segredo nenhum está oculto; purifica os pensamentos de nossos corações pela inspiração do teu Santo Espírito, para que possamos amar-te perfeitamente, e dignamente engrandecer teu santo nome. Por Cristo Jesus, Nosso Senhor.
Povo: Amém.
Penitência
Chamada à penitência: Hb. 4.14-16
Ministro: Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão. Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas à nossa semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna. Com humildade e fé, confessemos a Deus os nossos pecados.
Confissão de pecados
Todos se colocam de joelhos.
Todos: Nós confessamos a ti, ó Deus Todo-Poderoso, que temos pecado contra ti, contra nosso próximo e contra nós mesmos, em nossas ações, palavras e pensamentos, naquilo que fazemos e naquilo que deixamos de fazer, no mal que cometemos, e no que é cometido por nossa causa. Nós não te amamos de todo o nosso coração, de toda a nossa alma e de todo o nosso entendimento, nem temos amado nosso próximo como a nós mesmos. Na tua misericórdia, perdoa o que fomos, emenda o que somos e conduz-nos ao que devemos ser, de modo que nos deleitemos na tua vontade e trilhemos os teus caminhos, para a glória de teu santo nome. Amém.
Um momento de silêncio é observado para as confissões individuais.

Ao som do órgão, todos se colocam de pé.

Canto Penitencial: Salvador, Jesus bendito (congregação, ao órgão).
Letra: H. M. Wright; Música: CHARLESTOWN.
Salvador, Jesus bendito, de minh’alma a redenção,
Tua graça me convida a buscar-te em confissão.

Por amor de mim morreste sobre a ensangüentada cruz;
Tu sofreste a minha pena, ó meu Salvador Jesus!

A minh’alma purifica em teu Sangue remidor;
Fazse que, leal e humilde, eu te sirva, meu Senhor!

Tua ovelha, nos teus braços, bem segura guardarás;
Vem livrar-me dos pecados e guardar-me em tua paz. Amém.
Absolvição: I Jo. 1.9.
Ministro: Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Assim sendo, que † o Senhor tenha misericórdia de vós, vos perdoe os pecados e vos conduza no caminho para vida eterna.
Povo: Amém.
Todos se colocam de pé.

Canto de louvor: Glorifica a Jesus, o Rei (congregação, pelo conjunto).
Glorifica, glorifica, glorifica a Jesus, o Rei
Majestoso, poderoso, glorioso: é o Vencedor.

Ele nos comprou e nos justificou;
Nos deu vida nova para o adorar
E, com seu amor, nos conquistou,
Mais que vencedores nos tornou.
Nos fez geração eleita, santos e herdeiros seus;
Nos fez povo adquirido, justos e filhos de Deus.
LITURGIA DA PALAVRA

Coleta do Dia
Ministro: O Senhor esteja convosco.
Povo: Seja também contigo.
Ministro: Oremos. Ó Senhor Deus, que és o autor e doador de toda boa dádiva; infunde em nossos corações o amor do teu nome, desenvolve em nós a verdadeira religião e nutre-nos com toda bondade, de modo que manifestemos em o fruto das boas obras, as quais tu preparaste para que andássemos nelas. Por Cristo Jesus, Nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Santo Espírito; um só Deus, hoje e pelas eras sem fim.
Povo: Amém.
A igreja pode se assentar.

Primeira Leitura: Dt. 4.1-2, 6-9.
Leitor: Leitura do Livro de Deuteronômio. (...) Palavra do Senhor.
Povo: Demos graças a Deus.
Todos se colocam de pé.

Salmo: Sl. 15 (congregação, ao órgão).
Letra: metr. Rev. Carlos Alberto Chaves Fernandes; Música: LEONI (YGDAL).

Senhor quem entrará, aqui pra te adorar?
Quem no teu santo monte poderá morar?
Quem vive em integridade, não difama o irmão,
Quem fala a verdade com o coração.

Senhor quem entrará, aqui pra te adorar?
Quem no teu santo monte poderá morar?
O que ao mal despreza e teme ao Senhor,
O que ao pobre empresta com todo amor.

Senhor quem entrará, aqui pra te adorar?
Quem no teu santo monte poderá morar?
Quem foge da ganância e da corrupção,
E vive em inocência e correção.
A igreja pode se assentar.

Segunda Leitura: Tg. 1.17-27.
Leitor: Leitura da Carta de Tiago. (...) Palavra do Senhor.
Povo: Graças a Deus.
Todos se colocam de pé.

Aclamação do Evangelho: Senhor, tu és bom (congregação, pelo conjunto).
Senhor, tu és bom; tua misericórdia é pra sempre!
Senhor, tu és bom; tua misericórdia é pra sempre!
Todos os povos te exaltarão de geração em geração.

Te adorarei! Aleluia! Aleluia! Te adorarei por tudo o que és.
Te adorarei! Aleluia! Aleluia! Te adorarei por tudo o que és:
Deus é bom!
Diácono: Proclamação do ‡ Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo o relato de S. Marcos.
Povo: Glória ao Senhor, agora e para sempre!
Leitura do Evangelho: Mc. 7.1-8, 14-15, 21-23.

Após a leitura, diz-se:
Diácono: O Evangelho é o poder de Deus para a salvação.
Povo: Glória a ti, Senhor!
Oração por Iluminação
Ministro: Oremos. Ó Pai das Luzes, de cuja Palavra da Verdade nós fomos nascidos como primícias das tuas criaturas; faze-nos prontos no ouvir e tardios no falar, de modo que a Palavra que foi plantada em nós crie raízes para nutrir todo o nosso ser e sejamos, assim, abençoados em nosso proceder e frutíferos em nosso viver. Por Cristo Jesus, Nosso Senhor.
Povo: Amém.
A Igreja pode se assentar.

O Sermão

A Confissão de Fé
Ministro: Em resposta à proclamação da Palavra do Senhor, confessemos a fé que Deus mesmo infunde em nós, nas palavras do Credo Apostólico.
Todos se colocam de pé.
Todos: Creio em Deus Pai Todo-Poderoso, Criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor; o qual foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da virgem Maria; padeceu sob Pôncio Pilatos; foi crucificado, morto e sepultado; desceu ao Hades; ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu aos céus e está sentado à destra de Deus Pai Todo-Poderoso, de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja católica; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição do corpo e na vida eterna. Amém.
A Oração dos Fiéis
A Igreja pode se assentar.
Ministro: Amados irmãos em Cristo Jesus; Nosso Senhor nos convida a considerarmos as necessidades de nossos irmãos e irmãs com a mesma importância com a qual consideramos as nossas próprias. Amando ao nosso próximo como a nós mesmos, ofereçamos nossas súplicas e ações de graças, em favor da Igreja e do mundo.
Motivos de intercessão são apresentados, pelos quais a igreja ora silenciosamente. O Ministro encerra o momento de intercessão com a seguinte coleta:
Ministro: Oremos.
Todos se colocam de pé.
Ministro: Deus de poder e amor; escuta as nossas súplicas e, pelo ministério de teu Filho, liberta-nos das garras da morte, de modo que te desejemos como a plenitude da vida, e proclamemos os teus feitos salvíficos ao mundo. Por Cristo Jesus, Nosso Senhor.
Povo: Amém.
LITURGIA DOS SACRAMENTOS
A Paz e o Ofertório

A Saudação da Paz

Ministro: A paz do Senhor seja sempre convosco!
Povo: Seja também contigo!
Todos saúdam-se com a Paz do Senhor.

Convite ao Ofertório: Sl. 24.1
Diácono: Restituamos ao Senhor as ofertas e nossas vidas e as dádivas do nosso trabalho.
Povo: Ao Senhor pertence a terra e tudo que nela se contém. O mundo, e os que nele habitam.
Canto do Ofertório e Preparação da Mesa do Senhor: A minha vida, com seus bens (congregação, ao órgão).
Letra: Jerônimo Gueiros; Música: WILSON.
A minha vida, com seus bens, provém de ti, Senhor;
Saúde, veste, abrigo e pão são dons do teu amor.

Oh! Não permitas, Pai de amor, que aquilo que me dás
Eu ouse, incauto, desviar, em causas vãs ou más.

Não deixes que meu coração se engolfe no prazer
E no fruir de muitos dons eu venha te esquecer.

Mordomo teu, eu quero dar à Igreja em proporção
A quantas bênçãos recebi de tua própria mão.

Aceita a minha oferta, ó Deus, e bênçãos dá-me a flux;
Sim, dá-me sempre o que ofertar à causa de Jesus. Amém.
Consagração das Ofertas
Diácono: Oremos. Bendito és tu, ó Deus de toda a criação, por cuja bondade nós recebemos estas dádivas de que agora compartilhamos. Aceita e emprega nossas ofertas para a tua glória e para o serviço do teu reino.
Povo: Bendito seja Deus, para sempre e sempre.
A Celebração da Sagrada Eucaristia

Convite à Mesa do Senhor
Ministro: Vinde, celebremos com louvor e ação de graças o Sacramento da Nova e Eterna Aliança que recorda a Última Ceia, anuncia a morte e a vitória do Senhor e a sua presença viva nos mistérios do seu Corpo e Sangue, e no meio do seu povo, a quem o mesmo Senhor proclama: Eu sou o pão vivo que desce do céu; se alguém comer deste pão, viverá eternamente. Todos os cristãos que, batizados, se encontrem em plena comunhão com a Igreja de Cristo, são convidados a dar testemunho da sua fé, participando da Mesa do Senhor.
Sursum Corda e Prefácio Eucarístico
Ministro: O Senhor esteja convosco.
Povo: Seja também contigo.
Ministro: Elevemos os corações.
Povo: Ao Senhor os elevamos.
Ministro: Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
Povo: Pois fazê-lo é digno e justo.
Ministro: É verdadeiramente justo e digno, em verdade, é nossa alegria e salvação o rendermos honras, graças e louvores a ti, Senhor Deus e Pai Santo, pela obra da salvação que operaste em nosso favor por Cristo Jesus, Nosso Senhor. Portanto, com os anjos, os teus santos de todas as eras e lugares e toda a companhia dos céus, unimos nossas vozes para louvar teu nome por toda a eternidade, cantando:
Sanctus (congregação, pelo conjunto).
Santo! Santo! Santo!
Santo! Santo! Santo! Santo é o Senhor Poderoso!
Digno de toda a honra,
Digno de toda a glória e de receber, hoje, o louvor.

Louve, louve e exalte ao Senhor;
Louve seu nome para sempre!
Anamnese
Ministro: Toda glória e ação de graças sejam dadas a ti, ó Senhor, nosso Deus, por toda a criação e por nos teres feito à tua imagem e semelhança e porque, tendo nós caído em pecado, enviaste misericordiosamente em nosso resgate teu único Filho, Jesus Cristo, o qual, para a nossa redenção, tomou sobre si a natureza humana e sofreu a morte na cruz, realizando sacrifício único, perfeito e completo de si mesmo em favor da humanidade. Agora, obedecendo ao seu mandamento, nos reunimos para celebrar, em memória daquele sacrifício, o Sacramento da Eucaristia, tomando deste pão e deste vinho, frutos da terra, dádivas que tu mesmo nos concedeste, e celebramos com alegria a redenção que tu operaste em nós. Aceita esta oferta de louvor e ação de graças como um sacrifício vivo de nós mesmos, de modo que nossas vidas proclamem aquele que foi crucificado, morto e ressurreto.
A Oração do Senhor
Ministro: E por isto, nós recebemos a dádiva de podermos nos dirigir a Deus como nosso Pai e orar, como o Senhor Jesus nos ensinou, dizendo:
Todos: Pai nosso que estás no céu, santificado seja teu nome. Venha o teu reino; seja feita a tua vontade assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos os nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém.
O Mistério da Fé (ministro e congregação, ao órgão)
Ministro:
Eis o mistério da fé:
Todos:
Anunciamos, Senhor, a tua morte,
E proclamamos a tua ressurreição.
Vem, ó Senhor Jesus!
Epíclese
Todos se colocam de joelhos.
Ministro: Aceita, ó Senhor, nossa oferta de ação de graças, frutos daquilo que tu mesmo nos concedeste por tua dadivosa mão. Envia sobre nós o teu Santo Espírito, de modo que, ao participarmos deste pão e deste cálice, estejamos, em verdade, participando da comunhão do † Corpo e do Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Povo: Recebe, Senhor, a nossa oferta.
Ministro: Pelo teu Espírito, ó Deus, une-nos com o Cristo redivivo e com todos quantos foram batizados em seu nome, de modo que sejamos um só Corpo e um só Espírito em toda a terra. Assim como este pão é o Corpo de Cristo partido por nós, envia-nos para que sejamos o Corpo de Cristo para o mundo.
Povo: Faze de nós um só Corpo e um só Espírito.
Fração do Pão e Consagração do Cálice
Ministro: Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou do pão e, tendo dado graças, o partiu e deu aos seus discípulos, dizendo: tomai e comei, isto é o meu corpo, que é dado por vós. Fazei isto em memória de mim.
Um breve momento de silêncio é observado.
Ministro: Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim.
Novamente, um breve momento de silêncio é observado.

Doxologia Final (Ministro e congregação, ao órgão).
Ministro:
Por Cristo, com Cristo e em Cristo,
A ti, Deus Pai Todo-Poderoso,
Na unidade do Espírito Santo,
Toda honra e toda glória,
Agora e para sempre.

Povo:
Amém! Amém! Amém!
Agnus Dei
Ministro: Eis o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo!
Povo: Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa, mas dize uma só palavra e serei salvo.
A Comunhão do Pão e do Cálice

O Ministro, após comungar e ministrar a Comunhão aos presbíteros, envia-os para, com ele, distribuí-la ao povo. Diz-se na Comunhão do Pão:
Ministro ou Presbítero: O pão que partimos é a comunhão do Corpo de Cristo.
Resposta: Amém.
E, na comunhão do Cálice:

Ministro ou Presbítero: O cálice que abençoamos é a comunhão do Sangue de Cristo.
Resposta: Amém.
O povo se dirige em ordem até a Mesa. Após receber a Comunhão, cada um pode se assentar.

Canto de Comunhão: Ó Pão do peregrino (congregação, ao órgão).
Letra: Dirson Glênio Vergara dos Santos; Música: O ESCA VIATORUM
Ó Pão do peregrino,
Jesus, manjar divino,
Maná que vem dos céus,
Na fome nos alenta;
Conforta, na tormenta,
Os corações dos teus.

De amor, ó Sangue,
És fonte, fluindo lá do monte,
Do Corpo do Senhor;
A sede de infinito
Em nós, Jesus bendito,
Mitiga com favor.

Jesus, ó Deus clemente,
Em meio aos teus presente,
Queremos te adorar.
E, removido o véu,
Possamos nós no céu
Teu rosto contemplar. Amém.
Coro: Wolfgang Amadeus Mozart – Agnus Dei (da Missa da Coroação, ao órgão).
Tradução:
Cordeiro de Deus, que tiras os pecados do mundo,
Tem misericórdia de nós.
Cordeiro de Deus, que tiras os pecados do mundo,
Tem misericórdia de nós.
Cordeiro de Deus, que tiras os pecados do mundo,
Dá-nos a tua paz.
Pós-Comunhão
Presbítero: Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
Povo: Para sempre seja louvado!

Presbítero: Oremos.
Todos se colocam de pé.

Presbítero: Graças te rendemos, ó Deus, pois pela Palavra e pelo Sacramento tu nos deste teu Filho, que é o verdadeiro pão do céu, e alimento para a vida eterna. Fortalece-nos assim no teu serviço, de modo que nosso viver cotidiano transpareça nossa gratidão. Por Jesus Cristo, Nosso Senhor.
Povo: Amém.
RITOS FINAIS

Canto de Envio: Pai, outra vez cantamos (congregação, ao órgão).
Letra: J. Costa; Música: ELLERS
Pai, outra vez cantamos teu louvor
Auma voz, ao templo teu deixar.
Bendito és tu, conosco estás, Senhor,
Com tua paz vem nos abençoar.

Que tua paz levemos para o lar;
Sê tu conosco até o anoitecer.
E do pecado, ó Pai, vem nos guardar
Ao virmos nós teu nome engrandecer.

Que tua paz nos guie qual fanal
Durante a noite, para nos guardar
Na escuridão da vida e contra o mal,
Pois luz e trevas podes dominar.

Dá-nos, Senhor, a tua paz fruir
A cada instante em nosso labutar.
E, adentrando a Pátria do porvir,
A paz perfeita iremos desfrutar. Amém.
Oração de Envio

A Bênção
Ministro: O Senhor esteja convosco!
Povo: Seja também contigo!
Ministro: Amados do Senhor, recebei a bênção: que o Senhor vos abençoe e vos guarde. Que o Senhor sobre vós levante o rosto e tenha misericórdia de vós. Que o Senhor faça resplandecer sobre vós a sua face e vos dê a paz. † Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Responso: Amém tríplice dinamarquês (congregação, ao órgão).

Envio
Ministro: Ide em paz para serdes testemunhas de Jesus Cristo, e que o Senhor vos abençoe e vos acompanhe.
Povo: Graças rendamos a Deus!
Poslúdio e Recessional: Fantasia sobre o Troparion da Dormição da Virgem (ao órgão).

Após a saída do Ministro, dos oficiantes e do Coro, a igreja pode se assentar.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Uma Reforma bem conservadora, parte III

Revm.º Peter D. Robinson

(tradução do artigo A conservative Reformation, part III, originalmente publicado no blog The Old Highchurchman, editado pelo Bispo P.D. Robinson, sufragâneo da United Episcopal Church dos Estados Unidos. A Sociedade pela Liturgia Reformada agradece a gentil autorização de D. +Peter para traduzir e publicar esta série de artigos).

A Sagração do Arcebispo Matthew Parker
no Palácio de Lambeth, 17 de dezembro de 1559.

As duas peças-chave do Acordo Isabelino (Elisabetano) eram a revisão de 1559 do Livro de Oração Comum de 1552, e os Artigos de Religião. Ambos definiram a tônica teológica para a Reforma Inglesa ao fornecer a liturgia segundo a qual a Igreja deveria orar diariamente, e o padrão doutrinário ao qual o clero deveria subscrever e aderir.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Uma Reforma bem conservadora, parte II

O Livro de Oração Comum de 1559
Revm.º Peter D. Robinson

(tradução do artigo
A conservative Reformation, part II, originalmente publicado no blog The Old Highchurchman, editado pelo Bispo P.D. Robinson, sufragâneo da United Episcopal Church dos Estados Unidos. A Sociedade pela Liturgia Reformada agradece a gentil autorização de D. +Peter para traduzir e publicar esta série de artigos).



Com sua ascensão ao trono em novembro de 1558, as três grandes questões que pressionavam a Rainha Isabel (Elisabeth) I eram: um Tesouro vazio, uma guerra incompleta e inconclusiva com a França e a solução da questão religiosa. A primeira e a segunda dessas questões resolveram-se mais ou menos por si mesmas. As hostilidades com a França cessaram, e o Erário começou a novamente se encher com as rendas ordinárias da Rainha. Isso deixou a religião como o problema mais espinhoso.

As convicções religiosas de Isabel parecem não ter sido uma grande força motriz em sua vida pelos padrões da época, mas ficava claro, não obstante, que ela preferia o protestantismo. Ela tinha sido, afinal, educada por humanistas cristãos de persuasão reformada, como John Cheke, e ela dissimulou, quanto à questão religiosa, tão bem quanto somente ela sabia dissimular, ao longo de todo o reinado de sua meia-irmã. Mesmo que ela tivesse tido uma educação menos protestante, visto que a Igreja Romana havia declarado o casamento de sua mãe inválido, e ela mesma uma bastarda, ela não estava predisposta a permanecer sob obediência papal. Ficou claro, portanto, que tão logo quanto possível ela repristinaria o Ato de Supremacia como o primeiro passo em direção à definição da questão religiosa. A Inglaterra logo rompeu com Roma, tendo o Parlamento declarado Isabel "Governadora Suprema... na terra" (e não "Cabeça Suprema", como se acredita popularmente) da Igreja da Inglaterra. Aí passa-se um curioso período de inércia de alguns meses, enquanto Isabel faz pesquisas e permite que o novo rompimento com Roma se consolide. Parece ter havido uma espera necessária, primeiro pelo recesso de Natal do Parlamento e, segundo, para permitir que Isabel e o Gabinete preenchessem as dioceses vacantes, já que todos os bispos de Maria, menos dois, renunciaram ou foram despojados.

O sinal mais claro de onde a política religiosa de Isabel levaria foi a Conferência de Westminster, ocorrida no início de 1559, projetada como um sinal de reaproximação do campo protestante. Ao mesmo tempo, o segundo Livro de Oração Comum de Eduardo VI começou a reaparecer em algumas paróquias-chave, e alguns mais entusiastas começaram a livrar as igrejas dos "ídolos", antes do Governo proibir essa destruição arbitrária.

Alguns meses depois, quando o Ato de Uniformidade apareceu, ele era basicamente uma restauração do status quo conforme era em 1552-3, exceto pelo fato de que Isabel e seu Gabinete fizeram várias emendas conservadoras ao LOC de 1552. Primeiro, "os coros deveriam permanecer como anteriormente"; segundo, os paramentos tradicionais foram restaurados; terceiro, a Rubrica Negra foi removida e as palavras "O Corpo/Sangue do Senhor Jesus Cristo, que foi partido/vertido por ti, preserve teu corpo e alma para a vida eterna" foram adicionadas ao Prefácio da forma mais reformada de 1552; e, por último, a condenação do Papa foi removida da Litania. Todas essas mudanças afastaram a igreja de uma posição mais estritamente reformada, tornando possível alcançar e conciliar os luteranos ingleses.

Para Arcebispo, Isabel escolheu Matthew Parker. Nascido em Norwich a 1504, Parker foi o capelão de Ana Bolena e, então, de Henrique VIII. Ele foi Deão de Stoke-by-Clare de 1536 a 1546, mas depois que o Colégio foi dissolvido no ano seguinte, ele se casou e mudou-se de volta para Cambridge. Foi conhecido por ser um defensor moderado da Reforma, mas depois de ser removido de seu cargo eclesiástico em 1553, foi-lhe permitido viver tranqüilamente em sua fazenda em Suffolk durante o reinado de Maria. Parker era moderado, mas protestante convicto, com uma carreira acadêmica destacada em Cambridge, e foi amigo tanto de Peter Martyr quanto de Martin Bucer. Isabel e Cecil tiveram de trabalhar longamente para convencer Parker a concordar com sua nomeação a Arcebispo da Cantuária, mas ele finalmente a aceitou, e foi consagrado em 19 de dezembro de 1559.

Parker não teve muito tempo para audiências como Arcebispo já que, dentro em poucos meses, ele e seus irmãos bispos publicaram algumas injunções provisórias, modificando certos dispositivos do LOC/1559 concernentes aos paramentos. Isabel também ordenou a restauração de cinqüenta das festas menores do calendário - sem fazer provisões litúrgicas para elas -, proibiu pregações polêmicas e limitou o número de pregadores licenciados. Parker também se esforçou em fazer o pesado maquinário da Igreja da Inglaterra funcionar como uma Igreja reformada.

As fases 1 e 2 do Acordo de Isabel - a Lei de Supremacia e a Lei de Uniformidade - parecem ter encontrado pouca oposição, e não muito entusiasmo. Nos dez anos anteriores, houve quatro grandes mudanças de religião, de modo que a maioria das pessoas estava preparada para ir às suas igrejas e participar do que quer que fosse feito ali. A cuidadosa implementação do Acordo por Isabel e Parker manteve tanto luteranos quanto reformados a bordo, na busca de uma via media entre Wittenberg e Genebra. No entanto, ainda havia a necessidade de produzir algum tipo de declaração doutrinária, o que foi conseguido em uma sessão conjunta das Convocações de Cantuária e York no inverno de 1562-63.

Parece quase certo que o Arcebispo Parker foi a luz-guia na reestruturação dos Quarenta e Dois Artigos de Cranmer para os Trinta e Nove Artigos. Nisto, ele foi auxiliado por Edmund Grindal, Bispo de Londres. As coisas já haviam progredido um pouco nos nove anos anteriores, já que a ameaça anabatista havia recedido e o Concílio de Trento se aproximava de seu fim. A nova redação dada por Parker aos Artigos removeu muitas das referências aos anabatistas, enquanto respostas a alguns dos decretos já publicados de Trento foram incorporadas ao texto. O projeto final foi apresentado a uma Convocação que se encontrava com uma disposição reformada e reformadora. Uma proposta pela remoção dos órgãos das igrejas foi rejeitada por estreita margem, então é de surpreender que os Trinta e Nove Artigos tenham passado pelo necessário debate relativamente incólumes. A Rainha, no entanto, vetou o Art. 29, por ser ofensivo aos luteranos e outros que sustentavam a doutrina da Presença Real antes de 1563. Isto deve ter irritado alguns dos espíritos mais ardentes da ala reformada, mas foi um aborrecimento curto, já que o artigo foi repristinado em 1571, quando a influência do luteranismo na Inglaterra diminuiu, e com ela a necessidade de agradar aos "papistas" da Igreja.

Os Trinta e Nove Artigos, da forma como saíram da Convocação de 1563, são um documento interessante. Parker estava procurando consenso, e na maior parte dos Artigos, parece mais próximo ao espírito da Confissão de Augsburgo do que das várias confissões suíças dos trinta anos anteriores. Os luteranos perderam com o (brevemente suprimido) Art. 29, que adota uma posição claramente reformada. Por outro lado, o conceito luterano de adiáfora - que cerimônias que não sejam claramente contrárias às Escrituras podem ser regulamentadas pela Igreja - está firmemente entrincheirado nos Artigos, o que marca uma séria derrota do partido calvinista.

Os Artigos marcam, de fato, o fim da fase legislativa do Acordo Isabelino (Elisabetano). Teoricamente, a Igreja da Inglaterra tinha uma liturgia reformada, mas empregando ainda os paramentos tradicionais. Os interiores das igrejas deveriam ter sido mudados apenas com a remoção dos altares, crucifixos, gradis de suporte para os crucifixos e as imagens supersticiosas, que deveriam ser substituídas com frases decorativas das Escrituras pintadas nas paredes das igrejas. Sua teologia era protestante, trilhando um caminho intermediário entre o luteranismo e a posição reformada. Seu governo permaneceu nas mãos dos Bispos, em sucessão apostólica, e os territórios e circunscrições das antigas dioceses e paróquias foram mantidos como dantes. Na prática, no entanto, houve concessões de parte a parte.

Para começo de conversa, a eliminação extra-oficial de objetos supersticiosos freqüentemente foi além do estritamente necessário. Órgãos foram removidos de algumas igrejas e deixaram de ser usados em outras. A música sacra estava em uma maré baixa. As igrejas eram cada vez mais empregadas como dois ambientes distintos: a nave para as orações Matutina e Vespertina, e o coro para a Ceia do Senhor. Os paramentos, que não o conjunto de batina, sobrepeliz, capa de asperges, tippet e capuz, parecem ter desaparecido de muitas áreas e não retornariam senão em tempos mais modernos. Alguns ministros - particularmente aqueles da linha que viria a se chamar puritana - omitiam partes da liturgia do LOC para deixar mais tempo ao sermão. Parker agiu contra tais abusos de várias maneiras.

Primeiro, ele deixou claro que a música sacra simples em inglês deveria ser encorajada. Esta provisão foi, depois de alguma hesitação, abraçada com entusiasmo e, gradualmente, as grandes liturgias corais que associamos com o anglicanismo se desenvolveram, vindas da pena de grandes compositores como Thomas Tallis e William Byrd para o uso das catedrais e da Capela Real de Isabel. Parker também promoveu a compilação da "Versão Antiga" dos Salmos de Davi metrificados, um incidente que levou a Igreja da Inglaterra a se tornar uma igreja de salmodia exclusiva em muitos lugares até meados do ano de 1800.

Em segundo lugar, ele e o Arcebispo Grindal de York ordenaram que a Oração Matutina, a Litania e o Culto de Comunhão deveriam ser lidos como um só, em sequência, nas paróquias. Isso facilitou aos magistrados que encontrassem omissões. Isso também levou ao tipicamente anglicano "Culto a seco" de Matinas, Litania e ante-Comunhão, terminando com um sermão. Devido à inércia dos fiéis e a regra reformada de que "não haverá missa sem comungantes", as celebrações da Santa Comunhão caíram em freqüência para uma vez ao mês, uma vez por bimestre ou quadrimestre, dependendo do tamanho da paróquia. Algumas paróquias em cidades grandes e as catedrais mantiveram as celebrações semanais.

Em terceiro lugar, em uma tentativa de assegurar a uniformidade de cerimonial, o Arcebispo exigiu o uso de batina, sobrepeliz, tippet e capuz em todos os cultos das paróquias. Também exigiu o uso da capa de asperges em catedrais e igrejas colegiadas. Paramentos eucarísticos foram deixados desaparecer discretamente, mas permaneceram legais.

À esquerda, conjunto de batina, sobrepeliz, tippet e capuz acadêmico, paramentação mínima para todas as liturgias anglicanas. À direita, o conjunto é acrescido de capa de asperges, que continuou em uso nas catedrais. Neste caso o ministro trocou o tippet por uma estola, o que era permitido, embora raro, no regime do LOC/1559. Fotos: Wikipedia.
Gradualmente, essa via media anglicana consolidou-se para se tornar a religião da Inglaterra, embora no século seguinte (até depois de 1662), tenha havido uma agitação persistente por uma reforma mais extensa para firmar a Inglaterra no campo reformado ou calvinista.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Uma Reforma bem conservadora, parte I

Revm.º Peter D. Robinson

(tradução do artigo A Conservative Reformation, originalmente publicado no blog The Old Highchurchman, editado pelo Bispo P.D. Robinson, sufragâneo da United Episcopal Church dos Estados Unidos. A Sociedade pela Liturgia Reformada agradece a gentil autorização de D. Peter para traduzir e publicar esta série de artigos).


Tem havido um esforço bem coordenado, nos últimos 175 anos, por parte de uma facção da Igreja Anglicana, em negar a herança protestante do episcopalismo ortodoxo. Isto geralmente tem tomado a forma ou de uma tresleitura intencional dos Trinta e Nove Artigos de Religião (por exemplo, o Trato XC, de J. H. Newman), ou, mais recentemente, da negação pura e simples de que eles tenham qualquer relevância para a igreja moderna. Conquanto eu discorde fortemente dos argumentos contidos no Trato XC, é verdade que precisamos colocar os Artigos em seu contexto histórico, para podermos compreender plenamente o que o Arcebispo Matthew Parker e as Convocações de Cantuária e York estavam tentando fazer em 1563.

Teologicamente, os Reformadores protestantes se dividiram em três grupos. Para fins de argumentação, chamemo-nos de Biblicistas Conservadores, Biblicistas Moderados e Biblicistas Radicais. Os conservadores foram encabeçados por Lutero, e incluem outros grandes nomes como Melanchton, Bugenhagen, Olaus Petri e a maioria dos primeiros reformadores ingleses -- Barnes, Tyndale etc. Os moderados respondem pelos Reformadores da Suíça e do Reno, como Calvino, Bucer, Ecolampádio, Peter Martyr e Bullinger. O campo radical consiste de pessoas como Carlstadt e Miguel Serveto, que em última análise começaram a repensar até os Credos. O campo radical eventualmente se fechou em um canto e sobrevive hoje apenas em grupos biblicistas radicais como os Amish e os menonitas. Eles têm um primo distante no mainstream na forma das várias igrejas batistas, mas, em geral, sua tradição acabou se tornando bem marginal. Por outro lado, os biblicistas conservadores e moderados acabariam por formar o mainstream da Reforma européia.

O motivo disto é que as várias Igrejas estatais se encaixavam, grosso modo, em dois grupos. Os Biblicistas Conservadores conduziram seu próprio tipo de Reforma no norte da Alemanha e Escandinávia, dando a esses países uma herança evangélica luterana. Os suíços logo abandonaram algumas das posições mais extremadas de Zwínglio e conduziram uma Reforma mais moderada no quesito "somente a Bíblia" em seus cantões, que se disseminou para Estrasburgo, vários Estados da Renânia, norte da Holanda e Escócia. A Igreja inglesa se encaixou em algum lugar entre esses dois campos, conferindo alguma veracidade ao velho ditado de MacCauleuy sobre a Igreja da Inglaterra. Parafraseando-no para aproximá-lo à realidade, seria justo dizer que o Anglicanismo acabou ficando com "uma hierarquia católica, Artigos bucerianos e uma liturgia luterana". Por que isso?

Entre as décadas de 1530 e 1540, parecia que a Inglaterra eventualmente acabaria adotando uma forma conservadora de luteranismo, próxima à da Suécia. O Arcebispo Cranmer era luterano, bem como a maioria dos partidários influentes da Reforma até então. No entanto, por volta de 1545, idéias reformadas, vindas especialmente de Estrasburgo e da Renânia (e não diretamente de Genebra e Zurique) começaram a ganhar terreno. Nicholas Ridley (1500-1555), o "pequeno notável" do movimento da Reforma, parece ter adotado a Teologia Eucarística reformada, após ler uma obra do século IX de um monge chamado Ratramnus. Ele eventualmente convenceu Latimer e Cranmer de que a posição luterana acerca da Eucaristia estava incorreta, e o cenário estava pronto para a Reforma Eduardiana prosseguir segundo linhas moderadamente reformadas, e não mais luteranas.

A despeito de seu conservadorismo, e do favor de que goza com os atuais anglo-católicos, o Livro de Oração Comum (LOC) de 1549 foi cuidadosamente emoldurado em uma esturura teológica reformada. No entanto, Cranmer, que acreditava em conduzir as reformas gradualmente, estruturou a liturgia de uma forma que não chocaria demais os católicos henriquianos, e que ao mesmo tempo o mainstream luterano do partido reformista aceitaria de bom grado. É ponto pacífico que ele fez o trabalho um pouco bem demais, resultando em um longo debate com o bispo católico henriquiano Stephen Gardiner (1500-1555), que acreditava que a Eucaristia de 1549 dava margem a uma interpretação católica, e por outro lado foi duramente criticado por Martin Bucer, Regius Professor de Teologia em Cambridge, que lançou sua primeira Censura do LOC em 1550. Cranmer, que cada vez mais se identificava com a linha reformada, retornou à prancheta, modificando extensamente a ordem para o Culto com Santa Comunhão, e retirou muito do cerimonial que havia sobrado em 1549.

O LOC de 1552 marcou o ápice do pensamento reformado, no que tange à liturgia da Igreja da Inglaterra. Eduardo VI morreu depois de um ano, e a ascensão de Maria Tudor (1516-1558) tornou o ser protestante na Inglaterra um negócio perigoso, visto que ela formalmente restaurou o país à obediência a Roma. No entanto, a infeliz política mariana de queimar protestantes proeminentes, como Cranmer, Latimer, Ridley, Hooper, Taylor e vários outros membros importantes da hierarquia eduardiana, não caiu bem para o público em geral. Tivesse vivido mais tempo, a Rainha Maria I provavelmente teria sido bem-sucedida em devolver a Inglaterra aos apriscos romanos, ou, mais provavelmente, em lançar o país em uma guerra civil religiosa; mas, tendo morrido em 1558, ela deixou o país encalhado entre a velha e a nova religião.

Sua sucessora e meia-irmã, Isabel (ou Elizabeth, 1533-1603) foi educada por John Cheke, e ela teve Matthew Parker como Capelão em certa época. Ela, portanto, tendia ao protestantismo, embora fosse relativamente isenta das influências continentais, não tomando partido nem pelo luteranismo, nem pelo calvinismo. Matthew Parker (c. 1504-1575), seu escolhido para Arcebispo da Cantuária, era também o propositor de uma versão insular do protestantismo, relativamente livre das influências das disputas estrangeiras, conquanto plenamente ciente de tais questões. Sir William Cecil, seu principal conselheiro, também não era nenhum fã de modismos estrangeiros, embora se inclinasse, talvez, um pouco mais ao calvinismo do que a Rainha. Com estes três a cargo da política, o cenário estava montado para um consenso religioso moderado, "pan-protestante", que refletia a necessidade do Governo de reunir todas as três correntes do protestantismo inglês dentro da Igreja nacional. Isabel, Cecil e Parker, portanto, buscaram reunir luteranos, bucerianos e calvinistas dentro da Igreja nacional. Paradoxalmente, o que começou como uma questão de necessidade política acabou produzindo o que John Wesley descreveu como "a melhor igreja reformada da Cristandade".

No próximo artigo, nós examinaremos como isto se deu e por que é tão importante para os anglicanos continuantes preservar sua herança católica-reformada.



terça-feira, 11 de agosto de 2009

Liturgia: XX domingo do Tempo Comum, ano B

Eis o meu ensaio para uma ordem litúrgica para o próximo domingo, 16 de agosto de 2009, XX do tempo comum.


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Leituras bíblicas:

1Reis 2,10-12; 3,3-14
Salmo 111
Efésios 5,15-20
João 6,51-58

Música:

Prelúdio: Georg Friedrich Händel – Abertura (do oratório Solomon. Ao órgão).

Intróito: Georg Friedrich Händel – Com harpa e voz louvai (do oratório Solomon; coro, ao órgão).

Canto de entrada: Aqui viemos te adorar, ó Cristo (congregação, pelo conjunto).

Responso à Saudação: A Deus, supremo benfeitor (OLD HUNDREDTH; congregação, ao órgão) (HE 83; SH 227; CC 08; HCC 238; HIEAB 194; NC 06).

Responso à Chamada à Penitência: Kyrie Eleison (da liturgia luterana. Congregação, ao órgão).

Canto de Louvor: Tua, ó Deus, é toda a grandeza (Congregação, ao órgão) (NC 15; SH 60).

Responso ao Salmo do Dia: Gloria Patri (MEINEKE. Congregação, ao órgão) (NC 05).

Aclamação do Evangelho: Sê engrandecido, ó Deus da minha vida (Congregação, pelo conjunto).

Responso ao Credo: Georg Friedrich Händel - Címbalos e harpas soai (do oratório Salomão; Coro, ao órgão).

Canto do Ofertório: Superabundante graça (Congregação, pelo conjunto).

Sanctus: Franz Schubert - HEILIG, HEILIG, HEILIG. (da Missa Alemã; congregação, ao órgão) (HCC 239).

Agnus Dei: W. A. Mozart (da Missa da Coroação) (Coro, ao órgão).

Canto de Comunhão: Vera Páscoa (PRIUS PETENDAM; congregação, ao órgão) (NC 341).

Canto de Envio: Deus vos guarde (GOD BE WITH YOU; congregação, ao órgão) (NC 368; SH 650; HCC 37; HE 498).

Poslúdio: Georg Friedrich Händel - A chegada da Rainha de Sabá (do oratório Salomão, ao órgão).

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Liturgia: XIX domingo do Tempo Comum, ano B

Segue a Ordem para o Culto Público do próximo domingo, 09 de agosto de 2009 AD, XIX do Tempo Comum. Como sempre, as leituras são as do Lecionário Comum Revisado, e a maior parte da seleção musical pode ser encontrada no YouTube ou pelo Google mesmo. A Coleta do Dia é tradução da segunda opção do Book of Common Worship da PC(USA).

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Leituras Bíblicas

II Sm. 18.5-9, 15, 31-33 (ou 18.5-33)
Sl. 130
Ef. 4.25-5.2
Jo. 6.35, 41-51

Seleção Musical

Prelúdio: David N. Johnson - Organ Voluntary in Db Major

Intróito: William Mathias -
Let the people praise thee, O God

Canto de entrada: Amavas-me, Senhor (SUIVEZ L’AGNEU) (NC 88; SH 44; HIEAB 271; HE 139; CTP 118).

Responso da Invocação: Buscai primeiro o reino de Deus

Kyrie Eleison: Da liturgia luterana

Canto de Louvor: Louvemos ao Senhor

Salmo do Dia: Salmo 130 (MARTYRDOM)

Responso do Salmo: Gloria Patri (MEINEKE) (NC 05)

Aclamação do Evangelho: Aleluia! Salvação e glória

Canto do Ofertório: Em tudo as tuas mãos, Senhor (MANOAH) (NC 60; SH 261; CTP 232)

Sanctus: Santo é o Senhor dos Exércitos/Tu és digno

Canto de Comunhão: No recesso de minha alma (POSEN) (HIEAB 150)

Responso Eucarístico: Wolfgang Amadeus Mozart - Ave verum Corpus

Canto de Envio: Pai, outra vez cantamos teu louvor (ELLERS) (NC 398)

Responso da Bênção: Amém tríplice (dinamarquês)

Poslúdio e Recessional: Jeremiah Clarke - Trumpet Voluntary in D Major