domingo, 18 de outubro de 2009

Ritos para a celebração do Sagrado Matrimônio

O casamento é a união de um homem e uma mulher com o intuito de mútuo suporte afetivo e material, fundado no vínculo de amor entre eles existente e com vistas à constituição de um novo núcleo familiar.

Tem sido da tradição da Igreja Cristã que o início do casamento de seus membros seja marcado não apenas pelas cerimônias e ritos civis determinados pelo Estado, mas também que os votos nupciais sejam assumidos perante Deus e a assembléia de seu povo, que intercede pelos noivos e roga as divinas bênçãos sobre eles.

A Igreja Reformada não reconhece o Matrimônio como sacramento strictu sensu, visto lhe faltar a instituição dominical. Não obstante, figura ele entre os mais elevados ritos da Igreja, em face da grande importância que lhe tributam as Sagradas Escrituras, tanto no Antigo como no Novo Testamento.

Desde o princípio, Deus, o nosso Supremo Criador, em sua grande misericórdia, soube não ser bom que o homem estivesse só. Fez-lhe, portanto uma companheira que lhe fosse idônea. A família, como epicentro de todas as relações humanas, é reflexo da relação divina que constitui a essência da Santíssima Trindade, que é descrita pela Teologia como uma relação entre Pai e Filho, cujo vínculo é o próprio Espírito Santo.

Embora não seja obrigatório que a cerimônia de casamento seja celebrada em um templo cristão, isto é o mais apropriado e deve ser a solução preferida, sempre que possível. Bem assim, não é obrigatório que haja a ministração da Santa Ceia na cerimônia, mas ela é apropriada quando ambos os noivos professam a fé cristã, como testemunho da fé que partilham com a Igreja.

Este Manual inclui dois ritos para a celebração do matrimônio; o primeiro, para uso preferencial no templo, traz o ritual completo de um Culto Público incluindo no seu corpo o rito matrimonial. É, portanto, uma cerimônia mais formal. O Rito II, por outro lado, é mais informal e altamente versátil, e se presta a variadas situações, dentro de um templo ou fora dele, sendo ambos, um ou nenhum dos noivos um cristão professo e praticante.

Na hipótese de que os noivos que buscam a bênção de Deus para sua união não sejam cristãos professos e praticantes, devem estes ser recebidos com toda a caridade pela Igreja, de modo que a cerimônia sirva também como oportunidade evangelística por meio da proclamação da Palavra do Senhor.

Ambos os ritos têm em alta conta as orações e formas consagradas pelo uso da Igreja cristã universal ao longo de seus dois milênios de história, e trazem numerosas opções de textos para os momentos-chave, além de permitir a composição de textos próprios nos momentos mais intimamente relacionados ao casal.

É nosso desejo que a Igreja seja edificada pelo emprego das formas e ritos consagrados pelo uso cristão histórico, com ênfase na prática das Igrejas da Reforma.

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O arquivo com os ritos nupciais pode ser baixado aqui.

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