terça-feira, 17 de dezembro de 2013

"O culto litúrgico é morto!"



Por James Shiels.

Texto originalmente publicado em A Wandering Pilgrim: Liturgical Worship is dead, 31 de julho de 2011. Traduzido com permissão.



"O culto litúrgico é morto."

"Deus só gosta de orações espontâneas, não de 'orações enlatadas'."

"O culto anglicano é chato! Levante-se, dance, divirta-se!"

Eu escutei cada uma dessas objeções (e tantas outras) contra o culto litúrgico. Quando eu era um protestante evangelical, provavelmente eu mesmo teria feito essas afirmações, apesar de jamais ter participado de uma igreja fortemente litúrgica. Minha opinião sobre o culto litúrgico era bem típica dos demais evangelicais: ritual morto. É, eu achava que igrejas litúrgicas eram mortas. Para um não-cristão, a palavra "litúrgico" pode indicar que o culto é desanimado, mas, como cristãos, as consequências são bem mais sérias. Quando alguém diz que uma igreja é "morta", isto não significa apenas que o culto é chato ou engessado, mas que ela não segue a vontade de Deus, que ela deu as costas ao "verdadeiro" culto cristão ou, pior ainda, que Deus deu as costas para essa igreja. Apesar da firmeza da minha opinião, eu nunca sequer me incomodei em pesquisar o que seria o culto litúrgico, nem sequer sabia o que litúrgico significava, muito menos a sua história. Para mim, litúrgico significava ritual e repetição mecânica, e eu com certeza jamais me envolveria com nada disso.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Santo! Santo! Santo! Deus Onipotente!

Trabalho originalmente apresentado ao Seminário Presbiteriano do Sul (Campinas/SP) para avaliação semestral na Cadeira de Música.



O HINO “TRINDADE SANTÍSSIMA”, NC 11

Sem. Eduardo Henrique Chagas

O hino Trindade Santíssima, nº 11 do Novo Cântico, conhecido em outros hinários pelo título Louvor ao Trino Deus[1], ou simplesmente por seu primeiro verso, “Santo! Santo! Santo! Deus onipotente”,[2] é, sem dúvida, um dos hinos mais conhecidos e amados de toda a hinódia protestante.[3] Nos meios protestante e evangélico, mesmo igrejas que já não mantêm qualquer relacionamento com a música sacra “tradicional” ainda o conservam em seu repertório, muitas vezes escrevendo arranjos para os conjuntos musicais e vocais mais em voga atualmente. A força e, consequentemente, a longevidade deste hino, com certeza se devem ao feliz casamento de letra e música, que raramente acontece de forma tão perfeita quanto como neste caso[4].

sábado, 20 de julho de 2013

Solenidade no presbiterianismo: "compondo a Mesa"?

Sem. Eduardo H. Chagas

Algo que eu já venho observando há um bom tempo, desde minha época de Faculdade de Direito, na verdade, são as influências que o presbiterianismo brasileiro recebe na hora de elaborar o seu cerimonial. De fato, parece que a vontade de fugir de tudo o que lembre o romanismo é tão grande que qualquer outra fonte que ofereça um cerimonial com "ordem e decência" é mais válida do que as fontes da Igreja cristã histórica.